Ualata

Coordenadas: 17° 03' N 7° 025' O</p></div>

Ualata
Oualata
Ualata vista da direção sul
Localização atual
<tr class="mergedrow"><td colspan="2" style="text-align:center;">
Ualata está localizado em: Mauritânia
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Ualata
Localização de Ualata na Mauritânia

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Coordenadas 17° 03' N 7° 025' O</small>
País alt= Mauritânia
Área 180 000 m²
Dados históricos
Fundação século VIII
Império do Gana
Notas
Acesso público link=

Ualata (em árabe: ولاته‎‎; transl.: Walatah; em francês: Oualata), também conhecida como Biru nas crônicas do século XVII, é uma pequena cidade-oásis no sul da Mauritânia, situada na extremidade oriental da bacia de Aucar. Ualata foi uma relevante cidade caravaneira nos séculos XIII e XIV, tendo atuado como terminal sul duma das rotas do comércio transaariano do Sudão Ocidental, e atualmente está listada como Patrimônio Mundial.

História

Crê-se que Ualata foi assentada originalmente por pastores-agricultores aparentados com os soninquês que viviam ao longo dos promontórios rochosos de Tichite-Ualata e os penhascos de Tagante na Mauritânia que defrontaram a bacia de Aucar. Lá, construíram aqueles que seriam alguns dos mais antigos assentamentos em pedra do continente africano. A cidade formou parte do Império do Gana e enriqueceu através do comércio. No começo do século XIII, Ualata substituiu Audagoste como principal terminal sul do comércio transaariano do Sudão Ocidental e desenvolveu-se num importante centro comercial e religioso.

Por volta do século XIV, a cidade tornar-se-ia parte do Império do Mali. Como relatado pelo viajante marroquino do século XIV ibne Batuta, uma importante rota transaariana começou em Sijilmassa e passou através de Tagaza, notória por suas minas de sal, e terminou em Ualata. Segundo ele os habitantes de Ualata eram muçulmanos e principalmente massufas, uma fração dos senhajas. Ibne Batuta surpreendeu-se com o respeito e independência que as mulheres gozaram. De seu relato é possível obter uma breve descrição da cidade:

Minha estadia em Iualatam (Ualata) durou aproximados 50 dias; e eu fui honrado e entretido por seus habitantes. É um lugar excessivamente quente, e possui algumas pequenas tamareiras, na sombra das quais eles semeiam melancias. Sua água vem de leitos subterrâneos nesse ponto, e há muita carne de cordeiro para ser comida."

Da segunda metade do século XIV Tombuctu gradualmente substituiu-a como terminal sul da rota transaariana e Ualata declinou em importância. O diplomata viajante e autor árabe Leão Africano, que visitou a região em 1509-1510, fornece uma descrição de Ualata em seu livro Descrição da África: "Reino de Ualata: esse é um reino pequeno, e de condição medíocre comparado aos outros reinos dos negros. De fato, os únicos lugares habitados são três grandes vilas e algumas cabanas espalhadas entre palmeiras.

A cidade antiga cobre uma área de aproximados 600 metros por 300 metros, parte da qual está atualmente em ruínas. Os edifícios em arenito estão revestidos com adobe e alguns estão decorados com padrões geométricos. A mesquita agora localiza-se na porção oriental da cidade, mas em períodos precedentes pode ter estado circundada por outros edifícios. O historiador francês Raymond Mauny estimou que na Idade Média a cidade poderia ter acomodado entre 2 000 e 3 000 habitantes. Hoje, Ualata abriga um museu de manuscritos e é conhecida por sua arquitetura vernacular altamente decorativa. Foi feita um Patrimônio Mundial da UNESCO em 1996 junto com Uadane, Chingueti e Tichite.

Referências

Bibliografia

  • Gibb, H.A.R. (1929). Ibn Battuta, Travels in Asia and Africa 1325-1354 (Londres: Routledge). 
  • Holl, Augustin F.C.. (2009). "Coping with uncertainty: Neolithic life in the Dhar Tichitt-Walata, Mauritania, (ca. 4000–2300 BP)". Comptes Rendus Geoscience 341: 703–712. DOI:10.1016/j.crte.2009.04.005.
  • Hunwick, John O. (1999). Timbuktu and the Songhay Empire: Al-Sadi's Tarikh al-Sudan down to 1613 and other contemporary documents (Leida: Brill). ISBN 90-04-11207-3. 
  • Levtzion, Nehemia (1973). Ancient Ghana and Mali (Londres: Methuen). ISBN 0-8419-0431-6. 
  • Levtzion, Nehemia; Hopkins, John F. P. (2000). Corpus of Early Arabic Sources for West Africa (Nova Iorque: Marcus Weiner Press). ISBN 1-55876-241-8.  Categoria:!Páginas que usam referências com parâmetros depreciadas
  • Mauny, Raymond (1961). Tableau géographique de l'ouest africain au moyen age, d’après les sources écrites, la tradition et l'archéologie (Dacar: Instituto Francês da África do Norte). 
  • Silva, Alberto da Costa (2014). A Enxada e a Lança - A África Antes dos Portugueses (Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira Participações S.A.). ISBN 978-85-209-3947-5. 

Categoria:Cidades do Império do Gana Categoria:Cidades do Império do Mali Categoria:Cidades da Mauritânia Categoria:Sítios arqueológicos da Mauritânia Categoria:Cidades do Império Songai Categoria:Comércio transaariano


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