O Forte do Bahrein ("Qal'at al-Bahrain"; em língua árabe: قلعة البحرين), também denominado como Forte português da ilha de Bahrein localiza-se em Manama, capital do Bahrein, no golfo Pérsico.
A primitiva ocupação humana do seu sítio remonta a uma elevação artificial (um "tell") iniciado por volta de 2300 a.C. e ocupado sucessivamente até ao século XVI. Entre outras funções, serviu como capital dos Dilmun – uma das mais importantes civilizações da região - e, mais recentemente, como uma fortificação portuguesa. Por estes motivos o sítio arqueológico encontra-se classificado, desde 2005, como Património da Humanidade pela UNESCO.
Cerca de 25% do sítio já foi escavado revelando estruturas de diferentes tipos desde 1954: residenciais, públicas, comerciais, religiosas e militares. Em conjunto, testemunham a importância do local, um entreposto comercial ao longo dos séculos.
O topo da elevação, com doze metros de altura, é dominado pelo forte português, que lhe dá nome: "qal'a", que significa "forte".
O forte português, por sua vez, remonta a uma fortificação árabe, ocupada e reformada pelos portugueses em meados do século XVI. Em 1561, Inofre de Carvalho acrescentou ao forte uma área abaluartada, diretamente inspirada nas gravuras do tratado de Pietro Cataneo.
Embora a documentação sobre esta estrutura seja escassa, uma representação da "ilha de Barem", no "Livro das Plantas das Fortalezas", de autoria de Pedro Barreto de Resende, apresenta-a com planta no formato quadrangular, com torreões de planta circular nos vértices.
Os Portugueses foram expulsos do Bahrain em 1602, pelas forças de Shah Abbas.
O Forte do Bahrein sofreu recente intervenção de conservação com a interveniência da Fundação Calouste Gulbenkian.