Pont Neuf

A Pont Neuf ("Ponte Nova", em português) é a mais antiga das pontes que cruzam o rio Sena, em Paris, capital da França. Seu nome "Novo" permaneceu, e foi dado para distinguir-se das antigas pontes medievais, erguidas com casas em ambos os lados.

Partindo do ponto mais ocidental da Île de la Cité, a ilha situada no meio do rio que foi o centro da Paris medieval, Rive Gauche (margem esquerda) de Paris com a Rive Droite (margem direita).

A ponte é composta por duas partes distintas: uma com cinco arcos até atingir a Île de la Cité, outra com sete arcos que levam à margem direita. Antigas gravuras com mapas de Paris mostram que, quando a ponte foi construída, ela apenas tocava a ponta a jusante da Île de la Cité; desde então formaram-se bancos de areia no meio do rio (Ait), chamados de quais, que alargaram a ilha. Hoje a ilha é o Jardim du Vert-Galant, um parque nomeado em homenagem ao rei Henrique IV, apelidade de "Verde Galante".

Construção

No princípio da década de 1550, Henrique II foi instado a construir uma ponte naquele local, mas as despesas revelaram-se muito altas, na época.

Em 1577 a decisão de construir a ponte foi finalmente tomada pelo rei Henrique III, que estabeleceu sua pedra fundamental no ano seguinte, quando foram concluídas as fundações de quatro pilares e um dos estribos. Uma grande alteração no projeto inicial foi feito em 1579, exigindo a ampliação da ponte, a fim de permitir que casas fossem nela erguidas (o que nunca ocorreu), e fez com que as pilares demorassem por um longo tempo a ser erguidos - ficando em construção pelos próximos nove anos. Uma longa parada ocorreu a partir de 1588, por conta especialmente das Guerras Religiosas, as obras foram retomadas em 1599. A ponte foi concluída apenas sob o reinado de Henrique IV, que a inaugurou em 1607.

Assim como muitas pontes de seu tempo, a Pont Neuf foi erguida com uma série de pequenos arcos, seguindo os modelos romanos precedentes. Foi a primeira ponte de pedras em Paris que não serviu como alicerce para casas erguidas em sua superfície, e foi equipada com passeios para proteger os pedestres da lama e dos cavalos; os pedestres também poderiam se abrigar nos bastiães, para permitir a passagem de algum transporte mais volumoso. A decisão de não se permitir a construção de casas é atribuída ao próprio Rei, pois considerou que estas impediriam uma melhor visão do Louvre, ampliado consideravelmente em seu reinado.

A ponte teve intenso tráfego desde o início e foi, durante muito tempo, a maior ponte parisiense. Passou por vários reparos e trabalhos de manutenção e renovação, que incluíram a redução da pista, a alteração dos arcos da forma original quase circular para uma forma elíptica (1848-1855), rebaixamento das calçadas e outras alterações. Em 1885 um dos pilares foi danificado de tal forma que removeu os dois arcos adjacentes, obrigando sua reconstrução e o reforço de todas as estruturas.

A maior restauração da Pont Neuf começou em 1994 e foi concluída em 2007, ano do seu quarto centenário.

Estátua equestre de Henrique IV

No ponto em que a ponte cruza a Île de la Cité, fica a estátua equestre do rei Henrique IV, originalmente comissionada a Giambologna, sob as ordens de Maria de Médici, viúva de Henrique e regente de França, em 1614.

Após a morte do artista, seu assistente Pietro Tacca concluiu a obra, que foi erigida sobre o pedestal por Pietro Francavilla, em 1618. Veio a ser destruída em 1792 durante a Revolução Francesa, mas foi reconstruída em 1818, com a restauração dos Bourbons no poder. O bronze da nova estátua foi obtido a partir do material usado na estátua a Louis Charles Antoine Desaix, e feito com o molde que sobrevivera à obra original.

Sob a estátua o novo escultor, François-Frédéric Lemot, depositou quatro caixas contendo, respectivamente, uma história da vida de Henrique IV, um pergaminho do século XVII descrevendo como a obra foi encomendada e, finalmente, uma lista com as pessoas que contribuíram em subscrição pública para sua construção.

Memória a Jacques de Molay

O último Grão-Mestre dos Templários, Jacques de Molay, foi queimado em uma fogueira na Île de la Cité, perto de onde passaria a Pont Neuf, em 18 de março de 1314. A execução foi ordenada por Filipe, o Belo, após Jacques haver abjurado todas as suas confissões anteriores, o que indignara o rei.

O marco no local da execução traz escrito (numa livre tradução): "Neste lugar, Jacques de Molay, último Grão-Mestre dos Templários, foi queimado a 18 de março de 1314". Fica próximo às escadarias da Pont Neuf, de frente para as árvores da ponta da ilha, que se veem na fotografia ao lado.

Ver também

  • Les amants du Pont-Neuf (Os amantes da Pont Neuf), filme de Leos Carax, estreado em 1991.

Referências

Ligações externas

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Dicas e Sugestões
Fernando T.
5 de october de 2014
It's called the "new bridge" but it's actually the oldest in Paris! Excellent views. Statue of Henri IV, first Bourbon king of France. Here was burned Jacques de Molay, the last Master of the Temple.
Kate Davis
23 de may de 2014
The Pont Neuf is the oldest bridge in Paris and worth the trip across for the great views, equestrian statue and the ornate lamp posts along the length of it.
Edouard Lerisse
29 de abril de 2017
Check out Les jardins du Pont Neuf. It's a bar under the famous bridge. It's an illuminated barge perfect for fun and intimate moments with your friends or your special one
Basil MC
3 de august de 2013
Below the statue of the beloved Henri-Quatre is a memorial to the last know Grand Master of the Knights Templars, Jacques de Molay. Find it and pay homage to this legendary person.
Murat
15 de may de 2022
One of the bridges over the river, connecting both sides, over the island. Oldest bridge in the city. Good for taking scenic photos in any direction. Just be careful with very busy traffic.
Liliana Benitez
15 de september de 2018
Un lugar hermoso para un atardecer. Y sí Paris es muy romántico.

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