O Parque Florestal de Monsanto situa-se na Serra de Monsanto, no concelho de Lisboa. Tem uma área de 900 hectares, cerca de 10% do concelho de Lisboa, interessando o território de sete freguesias:
O Parque Florestal de Monsanto situa-se na Serra de Monsanto, no concelho de Lisboa. Tem uma área de 900 hectares, cerca de 10% do concelho de Lisboa, interessando o território de sete freguesias:
É o principal pulmão da capital portuguesa. O parque inclui espaços lúdicos que proporcionam aos habitantes e visitantes várias actividades, tais como desportos radicais, caminhadas, actividades ao ar livre, peças de teatro, concertos, feiras, exposições, e vistas únicas sobre a cidade de Lisboa e concelhos limítrofes, o estuário do rio Tejo e o oceano Atlântico.
O Corredor Verde de Monsanto permite o acesso ao Parque para peões e ciclistas provenientes da Baixa de Lisboa e da Parque Eduardo VII.
No século XIX, a Serra de Monsanto era coberta por searas e por pastos para gado. A importância da produção cerealífera é atestada pelos inúmeros vestígios de moinhos de vento. Tinha também várias pedreiras em actividade, de onde se extraía a matéria-prima para a crescente demanda urbanística da Lisboa da época.
Em 1868 surge a ideia de arborizar o que seria o Parque Florestal de Monsanto, para, a exemplo do Bosque de Bolonha, em Paris, ser um grande parque de passeio dos Lisboetas. Mas só em 1929 foi criada a primeira comissão para elaborar plano de arborização da Serra de Monsanto.
A iniciativa partiu do Ministro da Agricultura, o tenente-coronel Linhares de Lima, que planificou a arborização da Serra de Monsanto. O seu objectivo era «(…) melhorar o clima da cidade, protegendo-a dos ventos e beneficiando-a com um parque monumental(…)».
O engenheiro da Câmara Municipal, António Abrantes fez o plano no qual «toda a serra será arborizada respeitando apenas em torno do posto semafórico, uma zona indespensável à garantia da sua eficiência. Os moinhos que abundam na serra serão aproveitados para pequenas casas de chá, independentemente da construção de um ou vários pavilhões (…) e em torno deste grande parque, de acidentado terreno e belos horizontes, haverá uma avenida de onze quilómetros de extensão (…) que ligará com o futuro Estádio Nacional e terá comunicação com (…) o largo da Torre de Belém».
Finalmente em 1934, Duarte Pacheco cria o Parque Florestal de Monsanto e em 1938 sujeita-o ao regime florestal total, dando início às expropriações e reflorestação para criação do Parque nos modelos conhecidos hoje em dia.
A serra de Monsanto apresenta condições de exposição ao vento que levaram ao desenvolvimento de uma importante actividade moageira. Em 1762 contavam-se cerca de quatro dezenas de moinhos de vento no caminho que ligava a Junqueira e Belém a Monsanto. Este número cresceu até meados do século XIX, com um máximo de cerca de 75 unidades em laboração, tendo entrado depois em rápido declínio.
O Moinho do Penedo foi o último a encerrar, em 1925.
Pode ainda hoje observar-se o que resta dos seguintes moinhos:
A serra de Monsanto forneceu muita da pedra calcária utilizada na construção da cidade de Lisboa do século XIX.
As pedreiras estão há muito desactivadas, tendo sido cobertas pela vegetação, sendo apenas visíveis para o visitantes que percorram o Parque Florestal a pé ou em bicicleta.
A serra de Monsanto foi integrada no troço ocidental do designado Campo Entrincheirado de Lisboa, composto por fortes, redutos, postos, baterias e outras fortificações secundárias e erguido entre o final do século XIX e o início do século XX para defesa de Lisboa, quer de ataques terrestres quer de ataques marítimos.
Pode ainda hoje observar-se:
Em janeiro de 1919, Monsanto foi palco da Escalada de Monsanto, combates que opuseram as forças republicanas e de voluntários às forças monárquicas revoltosas que haviam ocupado as alturas da serra. Este episódio da falhada tentativa de controlo da cidade de Lisboa pelas forças monárquicas integrava-se no movimento de restauração monárquica liderado por Paiva Couceiro e que ficou conhecido como Monarquia do Norte.
Em 1959 disputou-se em Monsanto uma corrida de Fórmula 1 num circuito automóvel de 5,440 km de extensão.
Graças à posição dominante em relação a toda a região de Lisboa, Monsanto foi equipada com várias antenas. De entre estas destaca-se Centro Emissor de Monsanto, uma torre de comunicações da Portugal Telecom, que sucedeu à antiga antena da RTP. Com uma altura de 100 metros, é uma das mais altas existentes em Portugal.
Nesta torre são recebidos os sinais de TV da RTP, SIC e TVI e é feita a sua distribuição para centros emissores espalhados por Portugal. Os sinais de TV provenientes de diversos locais são encaminhados para os estúdios a partir deste centro.
Na encosta virada para Benfica fica situada outra antena de telecomunicações adaptada em 2009 para integrar a rede de retransmissores da televisão digital terrestre.