O Capitólio (em italiano: Campidoglio; em latim: Capitolium), ou monte Capitolino, é uma das famosas sete colinas de Roma. Trata-se da colina mais baixa, com dois picos separados por uma depressão. Era local facilmente defensável, com alta escarpa exceto no lado que se vira para o Quirinal. Segundo a lenda, os Sabinos puderam tomar a colina apenas pela traição de Tarpeia. A rocha Tarpeia, de onde os criminosos eram jogados, guardaria seu nome. Quando os Gauleses invadiram Roma, em 390 a.C., o monte Capitolino foi a única zona da cidade que não foi capturada pelos bárbaros.
De acordo com os escritores romanos e gregos antigos, o nome inicial do monte era monte Tarpeio, pois nele fora enterrada Tarpeia; quando o rei Tarquínio, o Soberbo dedicou o monte a Júpiter e removeu seus ossos, o nome de Tarpeia foi esquecido, sendo mantido apenas na rocha Tarpeia.
No lado do pico do sul, ou Capitólio, entre o Fórum Romano e o Campo de Marte (em latim: Campus Martius), erguia-se o templo da Tríade Capitolina — os deuses Júpiter, a sua companheira Juno e a filha de ambos, Minerva — iniciado pelo último rei de Roma Tarquínio, o Soberbo, e considerado um dos maiores e mais belos templos da cidade. No lado do pico do norte, ou a Cidadela (Arx), a partir do século IV a.C. se levantava o Templo de Juno Moneta, no atual local da igreja de Santa Maria in Aracoeli. No pequeno vale entre ambos, hoje ocupado pela Praça do Capitólio, ficava o Asilo (Asylum), santuário que a lenda faz recuar aos tempos de Rômulo que oferecia refúgios aos perseguidos. Do lado leste, o Tabulário, arquivo estatal romano. No sopé da colina, no local da atual igreja de Giuseppe del Falegnami, a prisão Mamertina, onde provavelmente estiveram detidos os apóstolos Pedro e Paulo.
Do alto desta colina os generais triunfantes podiam contemplar a cidade pela qual lutavam. Além disto, o monte Capitolino é referido inúmeras vezes durante a História de Roma:
De 1536 a 1546, o Papa Paulo III encarregou Michelangelo de redesenhar a praça e transformar o Capitólio com os seus três palácios que preenchem o espaço trapezoidal, aproximados de uma escadaria famosa, a Cordonata, encabeçada pelas duas grandes estátuas dos Dióscuros (os míticos Castor e Pólux). A ideia de redesenhar a praça nasceu quando se preparava a visita do imperador Carlos V de Habsburgo em 1536. Michelangelo incluiu em seus planos o palácio dos senadores, construído no século XII, e os alicerces do Tabulário e do edifício do lado sul, que datava do século XIV, hoje Palácio dos Conservadores (Palazzo dei Conservatori). A ideia do grande artista foi transformar o monumento equestre ao imperador Marco Aurélio, transferido para o Capitólio em 1538, na principal atração.
Contrapondo a orientação clássica do monte Capitolino, que se virava para o Fórum, o artista rodou as atenções para a Roma papal. A construção da praça progrediu muito lentamente e outros arquitetos terminariam as ideias de Michelangelo, pois a praça só seria terminada no século XVII. A impressionante fachada com pilastras coríntias do Palácio dos Conservadores, por exemplo, se deve a Giacomo della Porta (executada de 1564 a 1568). Os três palácios compõem actualmente os importantes Museus Capitolinos: estes edifícios do Palácio Novo (Palazzo Nuovo) e do Palácio dos Conservadores mostram em suas estupendas galerias o núcleo da coleção do papa Sisto IV iniciada em 1471.
A Praça do Capitólio continua a ser importante, pois o Tratado de Roma nela foi assinado em 1957 e o Palácio dos Senadores (Palazzo Senatorio) é a sede oficial do prefeito da cidade. A igreja de Santa Maria in Aracoeli está adjacente à praça.