A Judeia (יהודה "louvor", Hebreu standard Yəhuda, Hebreu tiberiano Yəhûḏāh) é uma região localizada a oeste do mar Morto, entre o mar Morto e o mar Mediterrâneo, estendendo-se ao norte até as colinas de Golan e ao sul à faixa de Gaza, sendo estas, atualmente, regiões em contínuo conflito entre Israel e Palestina.
No terceiro milénio anterior à era cristã começaram a surgir as primeiras cidades, certamente em contacto com as grandes civilizações que se desenvolveram nos vales do Nilo e da Mesopotâmia. Quando os hebreus chegaram à Palestina, a região encontrava-se já ocupada. O povo hebreu, semita, que se refugiara no Egipto, teve que partir por volta de 1550 a.C., quando os seus protectores foram expulsos do território egípcio. De início, fixaram-se nas regiões localizadas a oeste do mar Morto, mas pouco a pouco ocuparam as margens do Mediterrâneo e as terras do norte da Palestina. No século XII a.C., os chamados povos do mar, entre eles os filisteus, ocuparam as planícies litorais. As constantes lutas entre os dois povos terminaram com a vitória dos hebreus. No século X a.C., a Palestina aproveitou o enfraquecimento dos grandes impérios vizinhos para expandir o seu território. O país, que alcançou o seu apogeu ao longo dos reinados de David e Salomão, foi mais tarde dividido em dois reinos: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Israel foi transformado em tributário da Assíria e logo após subir ao trono, em 721 a.C., Sargão II conquistou o país e deportou a maior parte de seus habitantes. No sul, o reino de Judá conservou sua precária independência até 587 a.C., quando Nabucodonosor o arrasou e deportou sua população para a Babilónia. Em 539, quando o imperador persa Ciro o Grande apoderou-se da Babilônia, muitos hebreus puderam regressar à Palestina. Depois da conquista do Império Persa pelo macedônio Alexandre o Grande, a Palestina ficou submetida à influência Helenística.