Gebel Barkal é uma pequena montanha situada a cerca de 400 km a norte de Khartoum, no Sudão, numa larga curva do Rio Nilo, na região antigamente conhecida por Núbia. Tem grande valor arqueológico e, por essa razão, foi colocada pela UNESCO, em 2003, na lista dos locais que são património mundial, juntamente com as cidades históricas de Meroe e Napata, perto do monte.
A montanha tem 98 m de altura e um topo plano e aparentemente era utilizada como ponto de referência pelos mercadores da importante rota entre a África central, a Arábia e o Egipto, como o ponto onde era mais fácil atravessar o grande rio.
Cerca de 1450 a.C., o faraó egípcio Thutmose III estendeu o seu reino para sul e considerou Gebel Barkal o limite sul do seu império. A cidade que ele fundou neste local chamou-se Napata que, cerca de 300 anos mais tarde, se tornou a capital de um reino núbio independente, o reino de Kush. Entre 720 a.C. e 660 a.C., os seus reis dominaram o Egipto, formando a 25ª dinastia. Depois dos kushitas serem expulsos do Egipto, Napata continuou a ser a residência real e centro religioso até cerca de 350, quando o reino foi dominado pelos axumitas.
As ruínas de Gebel Barkal incluem, pelo menos 13 templos e 3 palácios, que foram pela primeira vez conhecidos e descritos por exploradores europeus na década de 1820, embora só em 1916 tenham começado as escavações arqueológicas, por George A. Reisner e por uma expedição conjunta da Universidade de Harvard e do Museu de Belas Artes de Boston. A partir da década de 1970 até ao presente, as escavações continuam, mas por uma equipa da Universidade de Roma, sob a direcção de Sergio Donadoni, à qual se juntou, na década de 1980, uma outra equipa do Museu de Boston, sob a direcção de Timothy Kendall.