O Santuário Nacional de Cristo Rei (ou, simplesmente, Cristo Rei) é um monumento religioso localizado na freguesia de Almada, local do Pragal, no concelho de Almada, em Portugal.
Situa-se a uma altitude de 113 metros acima do nível do Tejo, sendo constituído por um pórtico projectado pelo arquitecto António Lino, com 75 metros de altura, encimado pela estátua do Redentor de braços abertos voltado para a cidade de Lisboa, com 28 metros de altura, obra do escultor português Francisco Franco de Sousa. O pedestal, incluindo o pórtico, eleva-se a 82 metros de altura. O monumento a Cristo Rei constitui a maior atracção turística do concelho de Almada, a seguir às famosas praias da Costa de Caparica. É de visita obrigatória a todo o turista que visite Lisboa.
Este monumento é o melhor miradouro com vista para a cidade de Lisboa, oferecendo uma ampla vista sobre a capital e sobre a Ponte 25 de Abril. Em numerosas reportagens turísticas sobre Lisboa surge o santuário e monumento a CristoRei, ex-líbris de Almada.
É uma das mais altas construções de Portugal, com 110 metros de altura.
A estátua de Cristo Redentor, existente no Rio de Janeiro, no Brasil, inspirou, em 1934, durante uma visita àquela cidade, o Cardeal Patriarca de Lisboa de então, Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, a construir um monumento de cariz similar em Lisboa. No ano de 1936, transmitiu esta ideia ao Movimento do Apostolado da Oração, com uma recepção entusiástica. Seguiu-se a sensibilização de todos os bispos do país, tendo sido obtida a proclamação oficial do desígnio no ano seguinte, na Pastoral Colectiva da Quaresma.
O monumento a Cristo Rei foi também edificado em cumprimento de um voto formulado pelo Episcopado Português reunido em Fátima a 20 de Abril de 1940, pedindo a Deus que livrasse Portugal de participar na Segunda Guerra Mundial. O Presidente Salazar, não quis violar a velha amizade com o Reino Unido, que data do século XIV, e preferiu manter a neutralidade, não tendo Portugal participado na referida guerra.
A primeira pedra da construção do monumento foi lançada em 18 de Dezembro de 1949, após o fim da guerra. Foi inaugurado a 17 de Maio de 1959, dia de Pentecostes, na presença dos cardeais do Rio de Janeiro, de Lourenço Marques e de cerca de 300 mil pessoas, entre autoridades oficiais e cidadãos anónimos. Nessa ocasião, esteve também presente a imagem original de Nossa Senhora de Fátima e foi feita a consagração de Portugal aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. O Papa João XXIII não esteve presente na cerimónia, mas enviou uma mensagem de rádio, que foi então transmitida. Na altura, o Cardeal Cerejeira afirmou que o monumento seria sempre um sinal de gratidão pelo dom da paz.
Por altura da celebração do 25º aniversário, em 1984, foi aprovado um plano de ordenamento dos terrenos circundantes, do qual resultou a construção do edifício de acolhimento do Santuário hoje existente. Nesse edifício, funcionam ainda a reitoria e os serviços administrativos, possuindo o mesmo uma capela e diversas salas para exposições e reuniões.
Em 1999, a Diocese de Setúbal passou a tutelar o Santuário. Entre Maio de 2001 e 1 de Fevereiro de 2002, foi submetido a obras de restauro.
A 17 de Maio de 2007, foi inaugurada a chamada Sala Beato João XXIII, contendo 8 quadros inspirados pela encíclica Pax in Terris, da sua autoria. No mesmo dia, foi colocado diante do monumento a Cruz Alta, antigamente pertencente ao Santuário de Fátima, na sequência da construção da nova Basílica daquele local de peregrinação.
A 17 de Maio de 2009, para comemoração do Cinquentenário da inauguração do monumento, a imagem de Nossa Senhora presente na Capelinha das Aparições em Fátima tornou a estar presente no local e o Santuário Nacional de Cristo Rei e este recebeu os Bispos portugueses e, ainda, as relíquias de Santa Margarida Maria de Alacoque, a religiosa de Paray-le-Monial a quem Jesus revelou o seu Sagrado Coração. O Santo Padre Bento XVI associou-se a esta celebração enviando o seu Legado Pontifício, o Cardeal Dom José Saraiva Martins, e leu uma mensagem no Angelus do dia 17 de Maio. Foi assinada a germinaçao entre o Cristo Rei e o Cristo Redentor.
Durante a sua visita apostólica a Portugal em Maio de 2010, o Papa Bento XVI não quis deixar de sobrevoar este santuário e monumento religioso de enorme estima para o povo português.