A Cidade Universitária de Caracas é o campus principal da Universidade Central de Venezuela. Foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2000. Está localizada na Paróquia São Pedro do Município Libertador de Caracas, Venezuela.
A Cidade Universitária é considerada uma peça mestre da arquitetura contemporânea e do planejamento urbano. Converteu-se no único campus universitário desenhado por apenas um arquiteto no século XX no mundo.
É um exemplo excepcional do movimento moderno de arquitetura inspirado na Bauhaus. Agrupa uma grande quantidade de edifícios funcionais organizados em um conjunto limpo inter-relacionado e enriquecido com peças mestres de arquitetura moderna e de outras artes plásticas, no que se havia dado em chamar a "Sínteses das Artes Maiores", que encontra sua máxima expressão na Aula Magna, com seus nuvens acústicas de Alexander Calder, no Estádio Olímpico com suas enormes estatuas alegóricas ao desporte e na Praça Coberta com seus muros e esculturas de artistas da dimensão de Jean Arp, Fernand Léger, Victor Vasarely e Mateo Manaure.
Construída segundo o projeto do arquiteto venezuelano Carlos Raúl Villanueva, entre 1940 e 1960 nos terrenos da Fazenda Ibarra, propriedade doada pelo Libertador Simón Bolívar para a antiga Real e Pontifícia Universidade de Caracas logo de sua reorganização abaixo os estatutos republicanos que a converteram na moderna Universidade Central da Venezuela.
A Cidade Universitária foi criada como uma casa de estudos que tivesse a capacidade de abrigar uma maior população estudantil, que é capaz de suprir a Antiga Universidade de Caracas. Seguindo a linha de um moderno e único recinto que pode concentrar todas as dependências universitárias em um mesmo campus. No entanto, uma universidade que concentre em apenas uma sede todas suas funções.
Em 1942 sobe a presidência de Isaías Medina Angarita começaram os estudos do novo projeto, que prometia ser uma das melhores universidades da América Latina. Depois de analisar distintos sítios, se escolheram os terrenos da Fazenda Ibarra, que seria o sitio ideal para conectar ao novo centro geográfico da cidade ao redor da Praça Venezuela.
O projeto requere um grande compromisso tanto de planejamento urbano como de desenho arquitetônico. Em outubro de 1943 Medina Angarita decretou a criação do Instituto Autônomo da Cidade Universitária, o qual teria a finalidade de levar a cabo as obras que integrariam o novo campus universitário. Apenas um arquiteto deve planejar e vigiar o desenvolvimento de todos os edifícios. Pelo que Medina Angarita da ao mestre Carlos Raúl Villanueva uma única oportunidade de aplicar suas idéias de integração de arte com arquitetura em grande escala.
Este grande complexo urbano de 2 km ² inclui um total de quarenta edifícios, que se converteu em uma das com mais êxitos aplicações da arquitetura moderna na América Latina. Villanova trabalhou em estreita colaboração com todos os artistas que contribuíram ao desenvolvimento de sua obra e pessoalmente supervisionou o projeto durante mais de 25 anos até fins dos anos 60, quando ele deteriorou sua saúde e o obrigou a sair do desenho de alguns edifícios nesse período.
A Cidade Universitária foi inaugurada parcialmente em 2 de março de 1954 durante a ditadura do Tenente Coronel Marcos Pérez Jiménez e é considerada uma das grandes criações da arquitetura mundial do século XX. No ano 2000 foi nomeada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, convertendo-se no primeiro campus na América Latina a receber essa honra.
Entre os Edifícios mais importantes desenhados por Carlos Raul Villanueva para a Cidade Universitária de Caracas podemos encontrar: