O Arquipélago Dahlak ou ilhas Dahlak são um arquipélago situado no Mar Vermelho, frente ao porto eritreu de Massawa. É formado por duas ilhas maiores e outras 124 pequenos ilhéus. Só quatro das ilhas se encontram habitadas, entre elas Dahlak Kebir, a maior e mais povoada, ligada a Massawa por meio de balsas.
A principal actividade económica do arquipélago Dahlak desde os tempos mais antigos é a cultura de pérolas. As ilhas são conhecidas pelas pérolas desde a época da Antiga Roma, bem como pela diversidade da fauna marinha e aves, que atraem os turistas de hoje. A população fala a língua dahlik, uma língua semítica.
Outras ilhas no arquipélago, próximas de Dahlak Kebir, são Nahleg (105 km²), Dhuladhiya, Dissei, Dohul, Erwa, Harat, Hermil, Isra-Tu, Norah e Shumma.
No século VII um estado muçulmano independente surgiu no arquipélago, mas foi sucessivamente conquistado pelo Iémene, pela Abissínia, pelo Império Otomano que em 1559 colocou as ilhas sob a autoridade do paxá do actual Sudão, pela Itália em 1890 vindo a integrar a colónia da Eritreia, pela Etiópia em 1941 e, finalmente, integrado no estado da Eritreia, que chegou à independência em 1993. Foi do arquipélago Dahlak que se originou o levantamento armado da Eritreia contra a Etiópia, alastrando ao resto do país, visando a independência.
As ilhas também serviram como prisão durante a fase de colónia italiana da Eritreia, e como base naval soviética durante a aproximação entre a União Soviética e a Etiópia durante a Guerra Fria.
Dahlak Kebir é a maior das ilhas do arquipélago, como o seu nome árabe indica; anteriormente era chamada Dahlak Deset. A sua população é de cerca de 2500 pessoas, concentradas maioritariamente na povoação homónima, situada na costa ocidental. Há antigas cisternas e necrópoles na ilha, que datam de pelo menos do ano 912; também se localizam na ilha ruínas pré-islâmicas em Adel, fósseis e manguezais. As actividades mais destacadas além das pérolas são a pesca, a recolha de de pepinos-do-mar e o turismo de natureza.