O Alcázar de Segovia (literalmente conhecido como "Castelo de Segóvia") é um palácio fortificado em pedra, localizado na cidade velha de Segóvia, na Espanha. Erguido em posição dominante sobre um penhasco rochoso na confluência dos rios Eresma e Clamores, próximo das montanhas de Guadarrama, é um dos mais distintos castelos-palácios em Espanha em virtude da sua forma – como a proa de um navio. O alcázar foi inicialmente construído como uma fortaleza, mas serviu, desde então, como palácio Real, prisão do Estado, Colégio Real de Artilharia e academia militar.
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O Alcázar de Segovia, como muitas outras fortificações em Espanha, teve as suas origens numa fortificação islâmica. A primeira referência a este alcázar, em particular, remonta a 1120, cerca de 32 anos depois de a cidade de Segóvia regressar a mãos cristãs (durante o período em que Afonso VI de Castela reconquistou terras para sul do Rio Douro até Toledo e mais além). No entanto, evidênias arqueológicas sugerem que o sítio deste alcázar já fôra usado no tempo dos romanos como fortificação. esta teoria é substancializada pela presença do famoso Aqueduto Romano de Segóvia.
Não se conhece a forma do alcázar até ao reinado de Afonso VIII de Castela (1155-1214), embora documentação antiga mencione uma paliçada de madeira. Pode, por isso, concluir-se que antes do reinado de Afonso VIII, o alcázar não passava de um forte de madeira construido sobre as velhas fundações romanas. Afonso VIII e a sua esposa, Leonor Plantageneta, fizeram do Alcázar de Segovia a sua principal residência, tendo sido empreendidos trabalhos para erguer o início da fortificação de pedra que pode ver-se actualmente.
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O Alcázar de Segovia permaneceu, ao longo da Idade Média, como uma das residências favoritas dos monarcas do Reino de Castela e fortaleza chave na defesa do reino. Foi durante este período que a maior parte do actual edifício foi construída, tendo o palácio sido ampliado em larga escala pelos monarcas da Dinastia de Trastâmara.
Em 1258, partes do alcázar tiveram que ser reconstruídas pelo Rei Afonso X de Castela depois de um desmoronamento e, em breve, seria construída a Galeria dos Reis para alojar o Parlamento. No entanto, a maior contribuição individual para a construção contínua do alcázar foi dada pelo Rei João II de Castela, o qual construiu a "Torre Nova" (a Torre João II como é conhecida actualmente).
Em 1474, o alcázar desempenhou um importante papel na elevação da Rainha Isabel I de Castela. No dia 12 de Dezembro, chegou a Segóvia a notícia da morte do Rei Henrique IV, em Madrid, e Isabel refugiou-se imediatamente no interior das muralhas do Alcázar de Segovia, onde recebeu apoio de Andres Cabrera e do conselho da cidade. Foi coroada no dia seguinte como Rainha de Castela e Leão. Foi também aí que casou com Fernando II de Aragão.
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A renovação de relevo que se seguiu foi conduzida pelo Rei Filipe II de Espanha depois do seu casamento com Ana da Áustria. Este monarca adicionou os afiados pináculos de lousa para reflectir os castelos da Europa Central. Em 1587, o arquitecto Francisco de Morar completou o jardim principal e as áreas de Escola de Honra do castelo.
A Corte Real mudou-se, mais tarde, para Madrid, e o alcázar passou, então, a servir como prisão do estado, funções que desempenharia por quase dois séculos, até o Rei Carlos III fundar a Real Escola de Artilharia, em 1762. Teve esta nova utilização durante cem anos, até ao dia 6 de Março de 1862, quando um incêndio danificou severamente os telhados e a estrutura.
Somente em 1882 é que o edifício começaria lentamente a ser restaurado para o seu estado original. Em 1896, o Rei Afonso XIII ordenou que o Alcázar de Segovia fosse cedido ao Ministério da Guerra para servir de colégio militar.
Em 1931, o edifício foi declarado monumento histórico artístico. No ano de 1953 foi criado o patronato do alcázar, entidade responsável pelo museu que se pode visitar no seu interior.
Actualmente, o Alcázar de Segovia permanece como um dos mais populares lugares históricos da Espanha, sendo uma das três principais atracções turísticas de Segóvia. Entre as salas mais notáveis encontram-se a Galeria dos Ajimeces, a qual contém muitas obras de arte, a Sala do Trono e a Galeria dos Reis, com um friso representando todos os Reis e Rainhas espanhóis desde Pelágio das Astúrias até Joana a Louca depois de se mudar para o Palacio Real de Madrid.
A distribuição do Alcázar de Segovia articula-se em duas áreas:
A sua planta é muito irregular, adaptando-se à elevação sobre a qual o conjunto se ergue. Nela se destaca a bela torre de menagem, quadrada com quatro torreões, aposento recoberto por uma abóbada de canhão apontada e possuindo janelas geminadas. Foi levantada por João II de Castela e inicialmente serviu como sala de armas.
No interior, os salões e aposentos foram decorados com grande luxo e beleza por pintores e artistas mudéjares. Actualmente alberga um Museu de Armas e Arquivo Militar.
A visita recomendada ao Alcázar de Segovia é feita pela seguinte ordem:
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